ACORDO AMIGÁVEL: CUIDADO COM A TAUTOLOGIA!

Há vícios de linguagem tão corriqueiros que nem percebemos a redundância. 

     No meio forense é comum o uso da expressão "acordo amigável",  pleonasmo que deve ser evitado.
     Um acordo não pode ser imposto, coercitivo, pois é de sua natureza ser a expressão da vontade dos participantes. 
     Tanto acordo como amigável trazem a ideia de harmonia, conciliação, de maneira...
que o pleonasmo soa como se disséssemos "sal salgado": o sal é salgado, por natureza. 
     Outros exemplos de tautologia ou pleonasmo viciosos (a repetição de um pensamento anteriormente anunciado)?
     Subir para cima (talvez o mais comum deles), sair para fora (e entrar para dentro), boato falso, monopólio exclusivo, repetir de novo, descer para baixo.

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No direito são tautológicas as expressões:
- sentença de primeira instância: se é sentença, só pode ter sido proferida na primeira instância;
- juiz de primeiro grau: o órgão judicante, no primeiro grau, é o juiz; nos tribunais julgam desembargadores e ministros, mas não juízes;
- petição inicial do autor: se o Judiciário é inerte, a petição inicial não pode ser do réu;
- contestação do réu: somente o réu pode contestar; tanto contestação como contestar são, no direito, termos técnicos.

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Maria da Gloria Perez Delgado Sanches