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quinta-feira, 20 de junho de 2013

FIGURAS DE LINGUAGEM. FIGURAS DE SOM. ALITERAÇÃO.

Aliteração é a repetição ordenada de sons consonantais idênticos ou semelhantes, em um verso ou em uma frase. Recurso muito utilizado na música e na poesia, não está restrito, apenas, a tais artes, pois pode ser também empregada em prosa, pois pode, se bem utilizada, valorizar um texto.


Exemplos: 
O rato roeu a roupa do rei de Roma e a rainha de raiva roeu o resto. (r)

Vovó viu a uva. (v)

Vozes veladas,
veludosas vozes,
Volúpias dos violões, vozes veladas
Vagam nos velhos vórtices velozes
Dos ventos, vivas, vãs, vulcanizadas 
Violões que choram... 

(Cruz e Sousa) (v e s)

Auriverde pendão de minha terra
que a brisa do Brasil beija e balança 
(Castro Alves) (b)



Rato de rua
Irrequieta criatura
Tribo em frenética proliferação
Lúbrico, libidinoso transeunte
Boca de estômago
Atrás do seu quinhão

Vão aos magotes
A dar com um pau
Levando o terror
Do parking ao living
Do shopping center ao léu
Do cano de esgoto
Pro topo do arranha-céu

Rato de rua
Aborígene do lodo
Fuça gelada
Couraça de sabão
Quase risonho
Profanador de tumba
Sobrevivente
À chacina e à lei do cão

Saqueador da metrópole
Tenaz roedor
De toda esperança
Estuporador da ilusão
Ó meu semelhante
Filho de Deus, meu irmão

Rato
Rato que rói a roupa
Que rói a rapa do rei do morro
Que rói a roda do carro
Que rói o carro, que rói o ferro
Que rói o barro, rói o morro
Rato que rói o rato
Ra-rato, ra-rato
Roto que ri do roto
Que rói o farrapo
Do esfarra-rapado
Que mete a ripa, arranca rabo
Rato ruim
Rato que rói a rosa
Rói o riso da moça
E ruma rua arriba
Em sua rota de rato.

(Ode aos ratos, Chico Buarque) (r)


"Amaram um amor urgente, as bocas salgadas pela maresia (m e s)
As costas lanhadas pela tempestade naquela cidade distante do mar (s e n/m)
Amaram um amor serenado das noturnas praias, levantavam as saias (m e s)
E se enluaravam de felicidade naquela cidade que não tem luar
Amaram um amor proibido pois hoje é sabido, todo mundo conta (m)
Que uma andava tonta grávida de lua e outra andava nua ávida de mar (m/n)
E foram ficando marcadas, ouvindo risadas, sentindo arrepios (m/n e s)
Olhando pro rio tão cheio de lua e que continua correndo pro mar  (m/n
E foram correnteza abaixo, rolando no leito, engolindo água, rolando com as algas, arrastando folhas, carregando flores e a se desmanchar (m/n e r)
E foram virando peixes, virando conchas, virando seixos, virando areia, prateada areia, com lua cheia e a beira mar" (m/n, s, ch/x)

(Mar e Lua, Chico Buarque)


Em Biscate, também do Chico, você consegue encontrar as aliterações?

Vivo de biscate e queres que eu te sustente
Se eu ganhar algum vendendo mate
Dou-te uns badulaques de presente
Andas de pareô, eu sigo inadimplente
Chamo você pra sambar
Levo você pra benzer
Fui pegar uma cor na praia
E só faltou me bater, é
Basta ver um rabo de saia
Pro bobo se derreter
Vives na gandaia e esperas que eu te respeite
Quem que te mandou tomar conhaque
Com o tíquete que te dei pro leite
Quieta que eu quero ouvir Flamengo e River Plate
Faço lelê de fubá
Faço pitu no dendê
Sirvo seu pitéu na cama
E nada dele comer, ai
Telefone, é voz de dama
Se penteia pra atender
Vamos ao cinema, baby
Vamos nos mandar daqui
Vamos nos casar na Igreja
Chega de barraco
Chega de piti
Vamos pra Bahia, dengo
Vamos ver o sol nascer
Vamos sair na bateria
Deixe de chilique
Deixe de siricotico

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Maria da Glória Perez Delgado Sanches
Membro Correspondente da ACLAC – Academia Cabista de Letras, Artes e Ciências de Arraial do Cabo, RJ.

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