VOCÊ ENCONTROU O QUE QUERIA? PESQUISE. Nas guias está a matéria que interessa a você.

TENTE OUTRA VEZ. É só digitar a palavra-chave.

TENTE OUTRA VEZ. É só digitar a palavra-chave.
GUIAS (OU ABAS): 'este blog', 'blogs interessantes', 'só direito', 'anotações', 'anotando e pesquisando', 'mais blogs'.

PARTICIPE TAMBÉM DESTE SITE!

MAIS DE 2.000.000 ACESSOS. Muito obrigada, de coração!

ESTE É UM DOS MELHORES E MAIORES BLOGS DE PORTUGUÊS

quinta-feira, 21 de maio de 2009

A REFORMA ORTOGRÁFICA CHEGOU, E AGORA? – Novas regras: hífen, trema, acentos e a inclusão das letras K-W-Y

O que muda com a reforma ortográfica
PALESTRA. ANOTAÇÕES

EXPOSITOR SIDNEY GUSMAN
29 de abril de 2009
OAB-SP, 39ª SUBSEÇÃO
ANOTAÇÕES

Acordo ou reforma ortográfica?
Ao pé da letra é um acordo, mas o pessoal não quer saber de “acordo”.
O acordo é de 1990 e era para ser implementado a partir deste ano (2009) e até 2012. Somente aí se...

segunda-feira, 18 de maio de 2009

PLEONASMO OU REDUNDÂNCIA

pleonasmo ou redundância: corte o inútil
Pleonasmo é a repetição de termos supérfluos, evidentes ou inúteis na frase. À exceção dos pleonasmos estilísticos, e assim mesmo apenas em casos especiais, evite os que comprometam o texto.
Corte o inútil, que cansa e causa desconforto ao leitor.

"Descer para baixo" e "subir para cima" todos conhecem. Assim como "entrar para dentro" e "sair para fora". "Correr uma corrida" é um pouquinho diferente.
Abertura inaugural: a abertura só pode ser...

NA DEFENSIVA

"Estar na defensiva" é errado, porque defensiva é adjetivo, e o adjetivo qualifica um substantivo.
Também:
Ninguém corre atrás do prejuízo (conhece alguém que persegue o prejuízo?).
Ninguém corre perigo de vida (corre-se perigo de morrer, perigo de morte).

"MEIO-DIA E MEIO" OU "MEIO-DIA E MEIA"?

Já parou para pensar sobre isso?

meio dia e meia ou meio dia e meioAqui trabalhamos com a lógica.
O meio-dia é a metade do dia (metade de vinte e quatro são doze: doze horas), momento que divide o dia em duas partes iguais e em que o Sol está no zênite.
A meia (ou meio) refere-se à hora e não ao dia.
É uma frase que representa uma soma: o meio do dia...

EM QUE LÍNGUA?

Tangerina, no sul, é bergamota.

Mandioca pode ser aipim ou macaxeira.
Em São Paulo, joga-se pebolim. No Rio, totó.
Na padaria, aqui, pede-se um pãozinho. 
Se for em Portugal, é melhor pedir um cacetinho.
Lá, se comprar balas, peça rebuçados.

Bem-vindas as contribuições!



  Obrigada pela visita!

QUER RECEBER DICAS? SIGA O BLOG. 

SEJA LEAL. NÃO COPIE, COMPARTILHE.
TODOS OS DIREITOS RESERVADOS
Respeite o direito autoral.
Gostou? Clique, visite os blogs, comente. É só acessar:

BELA ITANHAÉM

TROCANDO EM MIÚDOS

"CAUSOS": COLEGAS, AMIGOS, PROFESSORES

GRAMÁTICA E QUESTÕES VERNÁCULAS
PRODUÇÃO JURÍDICA
JUIZADO ESPECIAL CÍVEL (O JUIZADO DE PEQUENAS CAUSAS)

e os mais, na coluna ao lado. Esteja à vontade para perguntar, comentar ou criticar.
Um abraço!
Thanks for the comment. Feel free to comment, ask questions or criticize. A great day and a great week! 
Maria da Gloria Perez Delgado Sanches

TÃO CONHECIDOS ...

"É cuspido e escarrado a sua cara!"A frase original era: "(...) esculpido em Carrara".

Carrara é um tipo de mármore.
Ficou horrível!

E esta:
"Quem tem boca vai a Roma!"
Como nasceu?
"Quem tem boca vaia Roma!

Só mais uma:
"Batatinha quando nasce, esparrama pelo chão."
Era: "Batatinha quando nasce, espalha a rama...

"EM VEZ DE" X "AO INVÉS DE"

Em vez de = no lugar de

Ao invés de = ao contrário de

"PARA EU ..." "PARA MIM"

Digo: "para eu fazer", "para eu premiar", e não "para mim fazer".

"Eu" faço, e não "mim".

INDEPENDENTE OU INDEPENDENTEMENTE?

"Independente de eu ter vindo, ...": é errado.
O correto seria dizer: "Independentemente de eu ter vindo ..."

GUSMAN, Sidney. A REFORMA ORTOGRÁFICA CHEGOU, E AGORA? – Novas regras: hífen, trema, acentos e a inclusão das letras K-W-Y. Palestra ministrada dia 29.4.2009, na sede da OAB-SP, 39ª SUBSEÇÃO.

ALUGUERES

Qual o plural de aluguel: aluguéis ou alugueres?
Os dois, uma vez que aluguel pode ser grafado aluguer.
Qual a diferença?
Aluguer é mais usado em Portugal.

É MUITO, MUITO SÉRIO

Qual o superlativo absoluto sintético de sério?

SERIÍSSIMO.

ESTADIA X ESTADA

“Espero que sua ‘estadia’ seja muito boa.”
Estadia e estada são sinônimos, no dicionário. Mas não é bem assim.
A ESTADA é utilizada para pessoas e ESTADIA para animais, veículos e navios.
Qual a diferença? A norma culta.
A nossa língua é viva. Você nasceu Vossa Mercê.

GUSMAN, Sidney. A REFORMA ORTOGRÁFICA CHEGOU, E AGORA? – Novas regras: hífen, trema, acentos e a inclusão das letras K-W-Y. Palestra ministrada dia 29.4.2009, na sede da OAB-SP, 39ª SUBSEÇÃO.

CABELEIREIRO OU CABELEREIRO?

A forma correta é cabeleireiro.

Por quê?

Por que é uma palavra derivada de “cabeleira” (cabeleira + o sufixo eiro).

PENALIZAR E APENAR

A dica veio da palestra do professor Sidney Gusman ( 1).
Conferido no dicionário (2): ele tem toda a razão.

Usa-se PENALIZAR quando se quer dizer que “tem pena de alguém”.

Quando o propósito é dizer “punição”, deve-se usar APENAR.

penalizar
pe.na.li.zar
(pena2+izar) vtd 1 Causar pena ou dó a; pungir: Aquele quadro doloroso penalizou-o. vpr 2 Sentir grande pena: Penalizara-se profundamente. vtd 3 Sobrecarregar de modo penoso: O custo de vida penaliza a população.

apenar
a.pe.nar
(a1+pena+ar2) vtd 1 Intimar, notificar, cominando pena, para comparecer e prestar algum serviço. 2 Alugar, contratar: Apenar obreiros.

(1) GUSMAN, Sidney. A REFORMA ORTOGRÁFICA CHEGOU, E AGORA? – Novas regras: hífen, trema, acentos e a inclusão das letras K-W-Y. Palestra ministrada dia 29.4.2009, na sede da OAB-SP, 39ª SUBSEÇÃO.
(2) http://michaelis.uol.com.br/moderno/portugues/index.php?lingua=portugues-portugues&palavra=intenção

AUTÓPSIA, AUTOPSÍA, NECRÓPSIA, NECROPSIA

Segundo o dicionário Michaelis (a), autópsia é:
“sf (gr autopsía) 1 Exame de si mesmo; introspecção. 2 Abertura de um cadáver, para estudos médicos ou conclusões judiciais; necropsia, necroscopia. 3 Vista interior. 4 Análise: Autópsia de um livro. Var: autopse.”
O dicionário Priberam (b), por outro lado, registra:
“s. f.
1. Exame médico das partes internas e externas de um cadáver.
2. Necropsia.
3. Exame atento de si mesmo.”
E ainda podemos destacar Maria Helena Diniz, no seu Dicionário Jurídico, 2005:
“Autópsia. Medicina legal. 1. Pormenorizado exame médico-legal, interno e externo, das partes de um cadáver, abrindo-o, para estudos médicos ou conclusões judiciais, reconhecendo as causas do óbito, esclarecendo fatos criminosos, questões de acidente de trabalho, suicídios, etc. 2. O mesmo que NECROPSIA e NECROSCOPIA.”
Das formas em conflito, existem ainda: autopse, necropse, autoscópia, autoscopia.

SOUTIEN OU SUTIÃ? OU AINDA PORTA-SEIOS? CURIOSIDADES SOBRE PALAVRAS IMPORTADAS

convescote, picnic, piquenique, boate, futebol, xampu, porta seios, porta-seios, soutien ou sutiã, sutiã ou soutien, inglês, portugal, francesa, palavras importadas,

Temos no português várias palavras importadas. Sutiã é uma delas (e não soutien).


     Sutiã é a forma aportuguesada da palavra francesa soutien.

     Quando incorporadas ao português, são as palavras adaptadas à grafia portuguesa.

     São também exemplos de palavras importadas (do francês e do inglês): xampu, boate, futebol etc.


     Uma curiosidade: usamos piquenique, do inglês picnic.


     Mas tanto piquenique como sutiã tinham um...

ONDE FICA O ACENTO TÔNICO?

Esta pode parecer difícil.
Difícil, uma vez que comumente falamos errado. Falamos, ouvimos e reproduzimos.
Assim, o falar certo até soa errado. Mas para quem conhece, é legal.

FLUIDO - INTUITO - ÍNTERIM

Não se diz FLU(Í)DO, MAS FL(Ú)IDO. Assim como INT(Ú)ITO.

E o correto é (Í)NTERIM, E NÃO INTER(Í)M.

sexta-feira, 15 de maio de 2009

"A PAR" E "AO PAR"

Uso A PAR:
significa: "ao lado", "junto de".

A PAR de:
tem o sentido de "em comparação de", "à vista de".

AO PAR DE, por sua vez, significa "ao corrente", "ao fato".

Não obstante, ao par (conhecendo o fato) DO prejuízo ocorrido, não seria cabido todo o pedido.

terça-feira, 12 de maio de 2009

AINDA EMBAIXO E EM CIMA

Em atenção ao comentário de Fabiana Farias à postagem "Embaixo" ou "em baixo"?, retomo o tema.
Pois é, Fabiana, fazer o quê?
Podemos nos socorrer do Dicionário de Questões Vernáculas, e nos consolar com o seu autor, o saudoso mestre Napoleão Mendes de Almeida:
"Já vimos, no verbete "de certo", a incongruência do sistema de 43 no grafar tais formas, considerando-as ora advérbios compostos, ora locuções adverbiais. Estamos diante de mais uma, pois enquanto consigna "em cima", em duas, oferece-nos "embaixo" numa só palavra.
Qual o critério para essa duaslidade gráfica? Nenhum, é a resposta, e confirmação disso obtém quem consultar o vocabulário oficial da academia; no verbete "cima", o relator dá as locuções formadas com essa palavra (de cima, em cima, em cima de, para cima, por cima, por cima de etc. - Este "etc." é do vocabulário); no verbete "baixo" o silêncio é completo. Como doutras feitas, o autor se esconde para não se ver apanhado em sua leviandade.
Se temos "por cima" e "por baixo", por que não temos "em baixo" ao lado de "em cima"? E assim: Se temos "de repente", por que não temos "de baixo"?

ÊXTRA OU ÉXTRA?

Leio hora “êxtra” ou hora “éxtra”?
Hora “êxtra”.
Por que extra a forma abreviada de extraordinário.
(Esta os alunos do professor Mauad já sabiam)
Mas fica também a história da fala (errada mas usual), aprendida no curso do professor Sidney.
Os garotos vendiam jornal nas ruas. Para anunciá-los, o “êxtra" não era sonoro o suficiente. Daí, gritavam: “Éxtra"!
E “éxtra” muitos dizem ainda hoje, apesar de não incorporado aos dicionários.

GUSMAN, Sidney. A REFORMA ORTOGRÁFICA CHEGOU, E AGORA? – Novas regras: hífen, trema, acentos e a inclusão das letras K-W-Y. Palestra ministrada dia 29.4.2009, na sede da OAB-SP, 39ª SUBSEÇÃO.

VOGAIS – COMO EU LEIO?

A – É – I – Ó – U

Por quê?
Por que Ê e Ô são semi-vogais.

GUSMAN, Sidney. A REFORMA ORTOGRÁFICA CHEGOU, E AGORA? – Novas regras: hífen, trema, acentos e a inclusão das letras K-W-Y. Palestra ministrada dia 29.4.2009, na sede da OAB-SP, 39ª SUBSEÇÃO.

segunda-feira, 11 de maio de 2009

RUIM: COMO FALO - RÚIM OU RUÍM?

O meu problema com o "ruim" surgiu após um segundo curso que abordou a mesma questão, de forma diversa.
Nunca antes havia pensado como pronunciar a palavra: apenas falava.
O primeiro professor enfatizou a tonicidade da sílaba "ru", afirmando que o contrário seria criação dos cariocas.
No curso seguinte, o mestre asseverou que a sílaba tônica da palavra é "im", e que o inverso é simples "carioquês".
Entre um e outro, fiquei pior.
Daí pesquisei e evitei - o quanto pude - utilizar o vocábulo, na incerteza de pronunciá-lo, até que viesse a certeza.
Quando impossível evitá-lo, nascia a palavra, trêmula e gaga.
Agora, digo ru-ím, com ênfase.

O PORTUGUÊS – DE PORTUGAL – E O GOL (a)

Em Portugal, fala-se duas bolas a zero. No Brasil, dois gols.
No Brasil, diz-se pedestre. Em Portugal, peão.
Qual o plural de sal? sais. O de mural é murais.
Qual palavra terminada em al, el, ol, que faz plural com a terminação als, els, ols? Não usamos, em português.
Por isso, o plural correto de gol seria gol ou gois.
Mas incorporamos palavras do inglês.
Daí que a única forma em uso para o plural de gol é gols, um anglicanismo (b), somente em uso no Brasil.

(a) GUSMAN, Sidney. A REFORMA ORTOGRÁFICA CHEGOU, E AGORA? – Novas regras: hífen, trema, acentos e a inclusão das letras K-W-Y. Palestra ministrada dia 29.4.2009, na sede da OAB-SP, 39ª SUBSEÇÃO.
(b) http://michaelis.uol.com.br

ASSISTE AO X ASSISTE O

Assiste ao Jornal Nacional. Como assiste à palestra.
Assisti o Ronaldo: prestei assistência a ele.

TRASLADO X TRASLADO

Trasladar é transportar de um lugar para o outro. Um corpo morto vai de um lugar para o outro.
Este é o sentido mais comum.
Mas o Priberam (a) refere-se, também, a:
2. Adiar; transferir.
3. Traduzir.
4. Transcrever; copiar.
5. Dar sentido metafórico a.
Lembrando-nos que o primeiro significado encontrado no dicionário é sempre o mais aplicável.

E transladar, é o quê?
Segundo os dois dicionários (tanto o Priberan como o Michaelis (b)), significa o mesmo que transladar.

Os professores de português evidenciam diferenças entre os dois vocábulos, mas também recomendam os dicionários. Não discuto, apenas aponto.

(a) http://www.priberam.pt
(b) http://michaelis.uol.com.br

BOA NOITE!

Boa noite!
Boa tarde!
Bom dia!
Ao pé da letra seria com hífen, como o bem-vindo, porque são expressões.
Mas o uso convencionou a forma nossa conhecida.

GUSMAN, Sidney. A REFORMA ORTOGRÁFICA CHEGOU, E AGORA? – Novas regras: hífen, trema, acentos e a inclusão das letras K-W-Y. Palestra ministrada dia 29.4.2009, na sede da OAB-SP, 39ª SUBSEÇÃO.

quinta-feira, 23 de abril de 2009

REVOGAR, AB-ROGAR, DERROGAR

REVOGAR, AB-ROGAR, DERROGAR

LORA, Ilse Marcelina Bernardi. A prescrição no direito do trabalho. São Paulo: LTR, 2001. fl. 31.
"Por oportuno, convém relembrar que, por força do princípio da continuidade, a lei somente perde sua eficácia quando votada outra lei que fulmina sua obrigatoriedade, ou seja, quando revogada por outra norma.
A revogação pode ser total ou parcial.
A REVOGAÇÃO TOTAL é denominada de AB-ROGAÇÃO, enquanto a parcial é chamada de DERROGAÇÃO.

sexta-feira, 3 de abril de 2009

EM FACE DE X FACE AO

Usa-se: "em face de" e não "face à". Porque não ficamos "em face à alguma coisa".
Portanto, não é correto escrever "face ao exposto", mas "em face do exposto", por significar "diante do exposto".

ANTE

ANTE é preposição.

Portanto, não posso trazer, em seguida, outra preposição.

Assim:

ANTE AO EXPOSTO - É FORMA ERRADA

ANTE O EXPOSTO - É A FORMA CORRETA.

RACIOCÍNIO SILOGÍSTICO

Pensar não é raciocinar.
O raciocínio exige uma operação mental, em que o agente utiliza um instrumento de comparação entre um conjunto formado por dois antecedentes e encaminha-se para uma conclusão.
Para que haja o consequente (conclusão ou consequência), é preciso haver o antecedente. O conjunto antecedente é formado por duas premissas (colocações prévias), chamadas premissa maior e premissa menor.

O exemplo clássico:
O homem é mortal.
Sócrates é homem.
Sócrates é mortal.

AO INVÉS DE X EM VEZ DE

"Em vez de" significa "em lugar de", e tem o sentido de substituição:
Em vez de amarelo, compre o azul. Em vez de bananas, compre laranjas. Em vez de cem, ofereça oitenta reais.

"Ao invés de" significa "ao contrário de", e somente pode ser utilizada nessa acepção:
Ao invés de ficar quieto, começou a responder-lhe.

"Em vez de" pode ser usada nos dois sentidos ("no lugar de" ou "ao contrário de"), enquanto "ao invés de" denota situação contrária, oposição, e seu uso é limitado, não podendo ser empregada como sinônima da primeira.

"INAUDITA ALTERA PARS" OU "INAUDITA ALTERA PARTE"?

Podemos observar, no dia-a-dia, o uso tanto da primeira como da segunda forma da expressão, muito utilizada no mundo jurídico. No entanto, qual delas está correta?

LATIM, COMO SE ESCREVE, DIREITO, CONTRADITÓRIO

     No latim, substantivos, adjetivos e pronomes têm declinação. Isto significa que a terminação dos vocábulos é diferente, conforme seja ele utilizado.

     Existem cinco espécies de declinações, cada uma com seis casos no singular e seis no plural.

     O significado da expressão representa uma circunstância de modo:

     - De que modo?

     - Sem a oitiva da outra parte.


GOSTOU? NÃO GOSTOU? COMENTE. SEMPRE É POSSÍVEL MELHORAR

     A expressão deve ser escrita com o uso de ablativo, dentre as diversas formas que poderia assumir na frase (1). Por esse motivo, escreve-se "inaudita altera parte" e não "inaudita altera pars" (no nominativo).

     A expressão antagônica a "inaudita altera parte" é "audiatur et altera pars", que significa "ouça-se a outra parte", ligada ao princípio do contraditório. 

     Neste caso, "parte" é grafada "pars" porque "altera pars" é o sujeito da forma passiva do verbo "audiatur".

domingo, 29 de março de 2009

LEI COMPLEMENTAR Nº 95, DE 1998 - elaboração, a redação, a alteração e a consolidação das leis

LEI COMPLEMENTAR Nº 95, DE 26 DE FEVEREIRO DE 1998
Dispõe sobre a elaboração, a redação, a alteração e a consolidação das leis, conforme determina o parágrafo único do art. 59 da Constituição Federal, e estabelece normas para a consolidação dos atos normativos que menciona.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei Complementar:
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Art. 1o A elaboração, a redação, a alteração e a consolidação das leis obedecerão ao disposto nesta Lei Complementar.
Parágrafo único. As disposições desta Lei Complementar aplicam-se, ainda, às medidas provisórias e demais atos normativos referidos no art. 59 da Constituição Federal, bem como, no que couber, aos decretos e aos demais atos de regulamentação expedidos por órgãos do Poder Executivo.
Art. 2o (VETADO)
§ 1o (VETADO)
§ 2o Na numeração das leis serão observados, ainda, os seguintes critérios:
I - as emendas à Constituição Federal terão sua numeração iniciada a partir da promulgação da Constituição;

Índice - Texto oficial do Acordo Ortográfico de 1990

Texto oficial do Acordo Ortográfico de 1990
Base I — Do alfabeto e dos nomes próprios estrangeiros e seus derivados
Base II — Do h inicial e final
Base III — Da homofonia de certos grafemas consonânticos
Base IV — Das sequências consonânticas
Base V — Das vogais átonas
Base VI — Das vogais nasais
Base VII — Dos ditongos
Base VIII — Da acentuação gráfica das palavras oxítonas
Base IX — Da acentuação gráfica das palavras paroxítonas
Base X — Da acentuação das vogais tónicas/tônicas grafadas i e u das palavras oxítonas e paroxítonas
Base XI — Da acentuação gráfica das palavras proparoxítonas
Base XII — Do emprego do acento grave
Base XIII — Da supressão dos acentos em palavras derivadas
Base XIV — Do trema
Base XV — Do hífen em compostos, locuções e encadeamentos vocabulares
Base XVI — Do hífen nas formações por prefixação, recomposição e sufixação
Base XVII — Do hífen na ênclise, na tmese e com o verbo haver
Base XVIII — Do apóstrofo
Base XIX — Das minúsculas e maiúsculas
Base XX — Da divisão silábica
Base XXI — Das assinaturas e firmas

Assinaturas e firmas - Texto oficial do Acordo Ortográfico de 1990

Base XXI
Das assinaturas e firmas
Para ressalva de direitos, cada qual poderá manter a escrita que, por costume ou registo legal, adote na assinatura do seu nome.

Com o mesmo fim, pode manter-se a grafia original de quaisquer firmas comerciais, nomes de sociedades, marcas e títulos que estejam inscritos em registro público.

Divisão silábica - Texto oficial do Acordo Ortográfico de 1990

Base XX
Da divisão silábica
A divisão silábica, que em regra se faz pela soletração (a-ba-de, bru-ma, ca-cho, lha-no, ma-lha, ma-nha, má-xi-mo, ó-xi-do, ro-xo, tme-se), e na qual, por isso, se não tem de atender aos elementos constitutivos dos vocábulos segundo a etimologia (a-ba-li-e-nar, bi-sa-vô, de-sa-pa-re-cer, di-sú-ri-co, e-xâ-ni-me, hi-pe-ra-cú-sti-co, i-ná-bil, o-bo-val, su-bo-cu-lar, su-pe-rá-ci-do), obedece a vários preceitos particulares, que rigorosamente cumpre seguir, quando se tem de fazer em fim de linha, mediante o emprego do hífen, a partição de uma palavra:

Parágrafo 1º

São indivisíveis no interior de palavra, tal como inicialmente, e formam, portanto, sílaba para a frente as sucessões de duas consoantes que constituem perfeitos grupos, ou seja (com exceção apenas de vários compostos cujos prefixos terminam em b ou d: ab- legação, ad- ligar, sub- lunar, etc., em vez de a- blegação, a- dligar, su- blunar, etc.) aquelas sucessões em que a primeira consoante é uma labial, uma velar, uma dental ou uma labiodental e a segunda um l ou um r:

a- blução, cele- brar, du- plicação, re- primir, a- clamar, de- creto, de- glutição, re- grado;
a- tlético, cáte- dra, períme- tro;
a- fluir, a- fricano, ne- vrose.

Minúsculas e maiúsculas - Texto oficial do Acordo Ortográfico de 1990

Base XIX
Das minúsculas e maiúsculas
Parágrafo 1º

A letra minúscula inicial é usada:

a) Ordinariamente, em todos os vocábulos da língua nos usos correntes;

b) Nos nomes dos dias, meses, estações do ano: segunda-feira; outubro; primavera;

c) Nos bibliónimos/bibliônimos (após o primeiro elemento, que é com maiúscula, os demais vocábulos podem ser escritos com minúscula, salvo nos nomes próprios nele contidos, tudo em grifo): O Senhor do Paço de Ninães, O senhor do paço de Ninães, Menino de Engenho ou Menino de engenho, Árvore e Tambor ou Árvore e tambor;

d) Nos usos de fulano, sicrano, beltrano;

e) Nos pontos cardeais (mas não nas suas abreviaturas): norte, sul (mas: SW sudoeste);

Apóstrofo - Texto oficial do Acordo Ortográfico de 1990

Base XVIII
Do apóstrofo
Parágrafo 1º

São os seguintes os casos de emprego do apóstrofo:

a) Faz-se uso do apóstrofo para cindir graficamente uma contração ou aglutinação vocabular, quando um elemento ou fração respetiva pertence propriamente a um conjunto vocabular distinto:

d' Os Lusíadas, d' Os Sertões;
n' Os Lusíadas, n' Os Sertões;
pel' Os Lusíadas, pel' Os Sertões.
Nada obsta, contudo, a que estas escritas sejam substituídas por empregos de preposições íntegras, se o exigir razão especial de clareza, expressividade ou ênfase: de Os Lusíadas, em Os Lusíadas, por Os Lusíadas, etc.

As cisões indicadas são análogas às dissoluções gráficas que se fazem, embora sem emprego do apóstrofo, em combinações da preposição a com palavras pertencentes a conjuntos vocabulares imediatos: a A Relíquia, a Os Lusíadas (exemplos: importância atribuída a A Relíquia; recorro a Os Lusíadas). Em tais casos, como é óbvio, entende-se que a dissolução gráfica nunca impede na leitura a combinação fonética: a A = à, a Os = aos, etc.;

Hífen na ênclise, na tmese e com o verbo haver - Texto oficial do Acordo Ortográfico de 1990

Base XVII
Do hífen na ênclise, na tmese e com o verbo haver
Parágrafo 1º

Emprega-se o hífen na ênclise e na tmese:

amá-lo, dá-se, deixa-o, partir-lhe;
amá-lo-ei, enviar-lhe-emos.

Parágrafo 2º

Hífen nas formações por prefixação, recomposição e sufixação - Texto oficial do Acordo Ortográfico de 1990

Base XVI
Do hífen nas formações por prefixação, recomposição e sufixação
Parágrafo 1º

Nas formações com prefixos (como, por exemplo: ante-, anti-, circum-, co-, contra-, entre-, extra-, hiper-, infra-, intra-, pós-, pré-, pró-, sobre-, sub-, super-, supra-, ultra-, etc.) e em formações por recomposição, isto é, com elementos não autónomos ou falsos prefixos, de origem grega e latina (tais como: aero-, agro-, arqui-, auto-, bio-, eletro-, geo-, hidro-, inter-, macro-, maxi-, micro-, mini-, multi-, neo-, pan-, pluri-, proto-, pseudo-, retro-, semi-, tele-, etc.), só se emprega o hífen nos seguintes casos:

a) Nas formações em que o segundo elemento começa por h:

anti-higiénico/anti-higiênico, circum-hospitalar, co-herdeiro, contra-harmónico/contra-harmônico, extra-humano, pré-história, sub-hepático, super-homem, ultra-hiperbólico;
arqui-hipérbole, eletro-higrómetro, geo-história, neo-helénico/neo-helênico, pan-helenismo, semi-hospitalar.

Hífen em compostos, locuções e encadeamentos vocabulares - Texto oficial do Acordo Ortográfico de 1990

Base XV
Do hífen em compostos, locuções e encadeamentos vocabulares
Parágrafo 1º

Emprega-se o hífen nas palavras compostas por justaposição que não contêm formas de ligação e cujos elementos, de natureza nominal, adjetival, numeral ou verbal, constituem uma unidade sintagmática e semântica e mantêm acento próprio, podendo dar-se o caso de o primeiro elemento estar reduzido:

ano-luz, arcebispo-bispo, arco-íris, decreto-lei, és-sueste, médico-cirurgião, rainha-cláudia, tenente-coronel, tio-avô, turma-piloto;
alcaide-mor, amor-perfeito, guarda-noturno, mato-grossense, norte-americano, porto-alegrense, sul-africano;
afro-asiático, afro-luso-brasileiro, azul-escuro, luso-brasileiro, primeiro-ministro, primeiro-sargento, primo-infeção, segunda-feira;
conta-gotas, finca-pé, guarda-chuva.

Trema - Texto oficial do Acordo Ortográfico de 1990

Base XIV
Do trema
O trema, sinal de diérese, é inteiramente suprimido em palavras portuguesas ou aportuguesadas. Nem sequer se emprega na poesia, mesmo que haja separação de duas vogais que normalmente formam ditongo:

saudade, e não saüdade, ainda que tetrassílabo;
saudar, e não saüdar, ainda que trissílabo;
etc.

Em virtude desta supressão, abstrai-se de sinal especial, quer para distinguir, em sílaba átona, um i ou um u de uma vogal da sílaba anterior, quer para distinguir, também em sílaba átona, um i ou um u de um ditongo precedente, quer para distinguir, em sílaba tónica/tônica ou átona, o u de gu ou de qu de um e ou i seguintes:

arruinar, constituiria, depoimento, esmiuçar, faiscar, faulhar, oleicultura, paraibano, reunião;
abaiucado, auiqui, caiuá, cauixi, piauiense;
aguentar, anguiforme, arguir, bilíngue (ou bilingue), lingueta, linguista, linguístico;
cinquenta, equestre, frequentar, tranquilo, ubiquidade.

Obs.: Conserva-se, no entanto, o trema, de acordo com a base I, 3.º, em palavras derivadas de nomes próprios estrangeiros: hübneriano, de Hübner, mülleriano, de Müller, etc.

Supressão dos acentos em palavras derivadas - Texto oficial do Acordo Ortográfico de 1990

Base XIII
Da supressão dos acentos em palavras derivadas
Parágrafo 1º

Nos advérbios em -mente, derivados de adjetivos com acento agudo ou circunflexo, estes são suprimidos:

avidamente (de ávido), debilmente (de débil), facilmente (de fácil), habilmente (de hábil), ingenuamente (de ingénuo), lucidamente (de lúcido), mamente (de má), somente (de só), unicamente (de único), etc.;
candidamente (de cândido), cortesmente (de cortês), dinamicamente (de dinâmico), espontaneamente (de espontâneo), portuguesmente (de português), romanticamente (de romântico).

Parágrafo 2º

Nas palavras derivadas que contêm sufixos iniciados por z e cujas formas de base apresentam vogal tónica/tônica com acento agudo ou circunflexo, estes são suprimidos:

aneizinhos (de anéis), avozinha (de avó), bebezito (de bebé), cafezada (de café), chapeuzinho (de chapéu), chazeiro (de chá), heroizito (de herói), ilheuzito (de ilhéu), mazinha (de má), orfãozinho (de órfão), vintenzito (de vintém), etc.;
avozinho (de avô), bençãozinha (de bênção), lampadazita (de lâmpada), pessegozito (de pêssego).

Emprego do acento grave - Texto oficial do Acordo Ortográfico de 1990

Base XII
Do emprego do acento grave
Parágrafo 1º

Emprega-se o acento grave:

a) Na contração da preposição a com as formas femininas do artigo ou pronome demonstrativo o: à (de a + a), às (de a + as);

b) Na contração da preposição a com os demonstrativos aquele, aquela, aqueles, aquelas e aquilo ou ainda da mesma preposição com os compostos aqueloutro e suas flexões:

àquele(s), àquela(s), àquilo;
àqueloutro(s), àqueloutra(s).

Acentuação gráfica das palavras proparoxítonas - Texto oficial do Acordo Ortográfico de 1990

Base XI
Da acentuação gráfica das palavras proparoxítonas
Parágrafo 1º

Levam acento agudo:

a) As palavras proparoxítonas que apresentam na sílaba tónica/tônica as vogais abertas grafadas a, e, o e ainda i, u ou ditongo oral começado por vogal aberta: árabe, cáustico, Cleópatra, esquálido, exército, hidráulico, líquido, míope, músico, plástico, prosélito, público, rústico, tétrico, último;

b) As chamadas proparoxítonas aparentes, isto é, que apresentam na sílaba tónica/tônica as vogais abertas grafadas a, e, o e ainda i, u ou ditongo oral começado por vogal aberta, e que terminam por sequências vocálicas pós-tónicas/pós-tônicas praticamente consideradas como ditongos crescentes (-ea, -eo, -ia, -ie, -io, -oa, -ua, -uo, etc.):

Acentuação das vogais tónicas/tônicas grafadas i e u das palavras oxítonas e paroxítonas - Texto oficial do Acordo Ortográfico de 1990

Base X
Da acentuação das vogais tónicas/tônicas grafadas i e u das palavras oxítonas e paroxítonas
Parágrafo 1º

As vogais tónicas/tônicas grafadas i e u das palavras oxítonas e paroxítonas levam acento agudo quando antecedidas de uma vogal com que não formam ditongo e desde que não constituam sílaba com a eventual consoante seguinte, excetuando o caso de s:

adaís (pl. de adail), aí, atraí (de atrair), baú, caís (de cair), Esaú, jacuí, Luís, país, etc.;
alaúde, amiúde, Araújo, Ataíde, atraíam (de atrair), atraísse (id.), baía, balaústre, cafeína, ciúme, egoísmo, faísca, faúlha, graúdo, influíste (de influir), juízes, Luísa, miúdo, paraíso, raízes, recaída, ruína, saída, sanduíche, etc.

Parágrafo 2º

As vogais tónicas/tônicas grafadas i e u das palavras oxítonas e paroxítonas não levam acento agudo quando, antecedidas de vogal com que não formam ditongo, constituem sílaba com a consoante seguinte, como é o caso de nh, l, m, n, r e z:

Acentuação gráfica das palavras paroxítonas - Texto oficial do Acordo Ortográfico de 1990

Base IX
Da acentuação gráfica das palavras paroxítonas
Parágrafo 1º

As palavras paroxítonas não são em geral acentuadas graficamente:

enjoo, grave, homem, mesa, Tejo, vejo, velho, voo;
avanço, floresta;
abençoo, angolano, brasileiro;
descobrimento, graficamente, moçambicano.

Parágrafo 2º

Recebem, no entanto, acento agudo:

a) As palavras paroxítonas que apresentam na sílaba tónica/tônica as vogais abertas grafadas a, e, o e ainda i ou u e que terminam em -l, -n, -r, -x e -ps, assim como, salvo raras exceções, as respetivas formas do plural, algumas das quais passam a proparoxítonas:

Acentuação gráfica das palavras oxítonas - Texto oficial do Acordo Ortográfico de 1990

Base VIII
Da acentuação gráfica das palavras oxítonas
Parágrafo 1º

Acentuam-se com acento agudo:

a) As palavras oxítonas terminadas nas vogais tónicas/tônicas abertas grafadas -a, -e ou -o, seguidas ou não de -s:

está, estás, já, olá;
até, é, és, olé, pontapé(s);
avó(s), dominó(s), paletó(s), só(s).

Obs.: Em algumas (poucas) palavras oxítonas terminadas em -e tónico/tônico, geralmente provenientes do francês, esta vogal, por ser articulada nas pronúncias cultas ora como aberta ora como fechada, admite tanto o acento agudo como o acento circunflexo: bebé ou bebê, bidé ou bidê, canapé ou canapê, caraté ou caratê, croché ou crochê, guiché ou guichê, matiné ou matinê, nené ou nenê, ponjé ou ponjê, puré ou purê, rapé ou rapê.
O mesmo se verifica com formas como cocó e cocô, ró (letra do alfabeto grego) e rô. São igualmente admitidas formas como judô, a par de judo, e metrô, a par de metro;

Ditongos - Texto oficial do Acordo Ortográfico de 1990

Base VII
Dos ditongos
Parágrafo 1º

Os ditongos orais, que tanto podem ser tónicos/tônicos como átonos, distribuem-se por dois grupos gráficos principais, conforme o segundo elemento do ditongo é representado por i ou u:

ai, ei, éi, ui;
au, eu, éu, iu, ou;
braçais, caixote, deveis, eirado, farnéis (mas farneizinhos), goivo, goivar, lençóis (mas lençoizinhos), tafuis, uivar; cacau, cacaueiro, deu, endeusar, ilhéu (mas ilheuzito), mediu, passou, regougar.

Vogais nasais - Texto oficial do Acordo Ortográfico de 1990

Base VI
Das vogais nasais
Na representação das vogais nasais devem observar-se os seguintes preceitos:

Parágrafo 1º

Quando uma vogal nasal ocorre em fim de palavra, ou em fim de elemento seguido de hífen, representa-se a nasalidade pelo til, se essa vogal é de timbre a; por m, se possui qualquer outro timbre e termina a palavra; e por n, se é de timbre diverso de a e está seguida de s:

Vogais átonas - Texto oficial do Acordo Ortográfico de 1990

Base V
Das vogais átonas
Parágrafo 1º

O emprego do e e do i, assim como o do o e do u, em sílaba átona, regula-se fundamentalmente pela etimologia e por particularidades da história das palavras. Assim se estabelecem variadíssimas grafias:

a) Com e e i:

ameaça, amealhar, antecipar, arrepiar, balnear, boreal, campeão, cardeal (prelado, ave, planta; diferente de cardial = «relativo à cárdia»), Ceará, côdea, enseada, enteado, Floreal, janeanes, lêndea, Leonardo, Leonel, Leonor, Leopoldo, Leote, linear, meão, melhor, nomear, peanha, quase (em vez de quási), real, semear, semelhante, várzea;
ameixial, Ameixieira, amial, amieiro, arrieiro, artilharia, capitânia, cordial (adjetivo e substantivo), corriola, crânio, criar, diante, diminuir, Dinis, ferregial, Filinto, Filipe (e identicamente Filipa, Filipinas, etc.), freixial, giesta, Idanha, igual, imiscuir-se, inigualável, lampião, limiar, Lumiar, lumieiro, pátio, pior, tigela, tijolo, Vimieiro, Vimioso;

b) Com o e u:

Sequências consonânticas - Texto oficial do Acordo Ortográfico de 1990

Base IV
Das sequências consonânticas
Parágrafo 1º

O c, com valor de oclusiva velar, das sequências interiores cc (segundo c com valor de sibilante), cç e ct, e o p das sequências interiores pc (c com valor de sibilante), pç e pt, ora se conservam, ora se eliminam.

Assim:

a) Conservam-se nos casos em que são invariavelmente proferidos nas pronúncias cultas da língua:

compacto, convicção, convicto, ficção, friccionar, pacto, pictural;
adepto, apto, díptico, erupção, eucalipto, inepto, núpcias, rapto;

Homofonia de certos grafemas consonânticos - Texto oficial do Acordo Ortográfico de 1990

Base III
Da homofonia de certos grafemas consonânticos
Dada a homofonia existente entre certos grafemas consonânticos, torna-se necessário diferenciar os seus empregos, que fundamentalmente se regulam pela história das palavras. É certo que a variedade das condições em que se fixam na escrita os grafemas consonânticos homófonos nem sempre permite fácil diferenciação dos casos em que se deve empregar uma letra e daqueles em que, diversamente, se deve empregar outra, ou outras, a representar o mesmo som.

Nesta conformidade, importa notar, principalmente, os seguintes casos:

Parágrafo 1º

Distinção gráfica entre ch e x:

achar, archote, bucha, capacho, capucho, chamar, chave, Chico, chiste, chorar, colchão, colchete, endecha, estrebucha, facho, ficha, flecha, frincha, gancho, inchar, macho, mancha, murchar, nicho, pachorra, pecha, pechincha, penacho, rachar, sachar, tacho;
ameixa, anexim, baixel, baixo, bexiga, bruxa, coaxar, coxia, debuxo, deixar, eixo, elixir, enxofre, faixa, feixe, madeixa, mexer, oxalá, praxe, puxar, rouxinol, vexar, xadrez, xarope, xenofobia, xerife, xícara.

H inicial e final - Texto oficial do Acordo Ortográfico de 1990

Base II
Do h inicial e final
Parágrafo 1º

O h inicial emprega-se:

a) Por força da etimologia: haver, hélice, hera, hoje, hora, homem, humor;

b) Em virtude de adoção convencional: hã?, hem?, hum!

Parágrafo 2º

O h inicial suprime-se:

a) Quando, apesar da etimologia, a sua supressão está inteiramente consagrada pelo uso: erva, em vez de herva; e, portanto, ervaçal, ervanário, ervoso (em contraste com herbáceo, herbanário, herboso, formas de origem erudita);

b) Quando, por via de composição, passa a interior e o elemento em que figura se aglutina ao precedente: biebdomadário, desarmonia, desumano, exaurir, inábil, lobisomem, reabilitar, reaver.

Parágrafo 3º

O h inicial mantém-se, no entanto, quando numa palavra composta pertence a um elemento que está ligado ao anterior por meio de hífen: anti-higiénico/anti-higiênico, contra-haste, pré-história, sobre-humano.

Parágrafo 4º

O h final emprega-se em interjeições: ah! oh!

Alfabeto e nomes próprios estrangeiros e seus derivados - Texto oficial do Acordo Ortográfico de 1990

Base I
Do alfabeto e dos nomes próprios estrangeiros e seus derivados
Parágrafo 1º

O alfabeto da língua portuguesa é formado por 26 letras, cada uma delas com uma forma minúscula e outra maiúscula:

a A (á)
b B (bê)
c C (cê)
d D (dê)
e E (é)
f F (efe)
g G (gê ou guê)
h H (agá)
i I (i)
j J (jota)
k K (capa ou cá)
l L (ele)
m M (eme)
n N (ene)
o O (ó)
p P (pê)
q Q (quê)
r R (erre)
s S (esse)
t T (tê)
u U (u)
v V (vê)
w W (dáblio)
x X (xis)
y Y (ípsilon)
z Z (zê)

Obs.: 1 - Além destas letras, usam-se o ç (cê cedilhado) e os seguintes dígrafos: rr (erre duplo), ss (esse duplo), ch (cê-agá), lh (ele-agá), nh (ene-agá), gu (guê-u) e qu (quê-u).
Obs.: 2 - Os nomes das letras acima sugeridos não excluem outras formas de as designar.
Parágrafo 2º

As letras k, w e y usam-se nos seguintes casos especiais:

a) Em antropónimos/antropônimos originários de outras línguas e seus derivados:

Franklin, frankliniano;
Kant, kantismo, Darwin, darwinismo;
Wagner, wagneriano;
Byron, byroniano;
Taylor, taylorista;

b) Em topónimos/topônimos originários de outras línguas e seus derivados:

Kwanza, Kuwait, kuwaitiano;
Malawi, malawiano;

c) Em siglas, símbolos e mesmo em palavras adotadas como unidades de medida de curso internacional:

TWA, KLM;
K-potássio (de kalium) W-oeste (West);
kg-quilograma, km-quilómetro, kW-kilowatt, yd-jarda (yard);
Watt.

Parágrafo 3º

Em congruência com o número anterior, mantêm-se nos vocábulos derivados eruditamente de nomes próprios estrangeiros quaisquer combinações gráficas ou sinais diacríticos não peculiares à nossa escrita que figurem nesses nomes:

comtista, de Comte, garrettiano, de Garrett;
jeffersónia/jeffersônia, de Jefferson;
mülleriano, de Müller, shakespeariano, de Shakespeare.

Os vocabulários autorizados registarão grafias alternativas admissíveis, em casos de divulgação de certas palavras de tal tipo de origem (a exemplo de fúcsia/fúchsia e derivados, buganvília/buganvílea/bougainvíllea).

Parágrafo 4º

Os dígrafos finais de origem hebraica ch, ph e th podem conservar-se em formas onomásticas da tradição bíblica, como Baruch, Loth, Moloch, Ziph, ou então simplificar-se: Baruc, Lot, Moloc, Zif. Se qualquer um destes dígrafos, em formas do mesmo tipo, é invariavelmente mudo, elimina-se: José, Nazaré, em vez de Joseph, Nazareth; e se algum deles, por força do uso, permite adaptação, substitui-se, recebendo uma adição vocálica: Judite, em vez de Judith.

Parágrafo 5º

As consoantes finais grafadas b, c, d, g e t mantêm-se, quer sejam mudas quer proferidas nas formas onomásticas em que o uso as consagrou, nomeadamente antropónimos/antropônimos e topónimos/topônimos da tradição bíblica:

Jacob, Job, Moab, Isaac, David, Gad;
Gog, Magog;
Bensabat, Josafat.

Integram-se também nesta forma:

Cid, em que o d é sempre pronunciado;
Madrid e Valladolid, em que o d ora é pronunciado, ora não;
e Calecut ou Calicut, em que o t se encontra nas mesmas condições.

Nada impede, entretanto, que dos antropónimos/antropônimos em apreço sejam usados sem a consoante final Jó, Davi e Jacó.

Parágrafo 6º

Recomenda-se que os topónimos/topônimos de línguas estrangeiras se substituam, tanto quanto possível, por formas vernáculas, quando estas sejam antigas e ainda vivas em português ou quando entrem, ou possam entrar, no uso corrente. Exemplo:

Anvers, substituído por Antuérpia;
Cherbourg, por Cherburgo;
Garonne, por Garona;
Génève, por Genebra;
Jutland, por Jutlândia;
Milano, por Milão;
München, por Munique;
Torino, por Turim;
Zürich, por Zurique, etc.

quarta-feira, 11 de março de 2009

TODAS AS PALAVRAS PROPAROXÍTONAS SÃO ACENTUADAS?

A regra aplica-se a todas as palavras proparoxítonas pertencentes à Língua Portuguesa.

No entanto, existem algumas palavras estrangeiras bastante usadas no Brasil que não recebem acento, por não pertencerem ao nosso idioma.

Como exemplo, podemos citar:

Habitat (Pronuncia-se hábita)
Palavra latina, cujo significado é o conjunto de circunstâncias físicas e geográficas que oferecem condições favoráveis à vida e ao desenvolvimento de determinada espécie animal ou vegetal ou ainda o local onde algo é geralmente encontrado ou onde alguém se sente em seu ambiente ideal.

Performance
Palavra de origem inglesa, significa o exercício de atuar, de desempenhar; atuação, desempenho.

Per capita: Expressão latina, cujo significado é por cabeça.


fonte: www.jurisway.org.br.

sábado, 9 de fevereiro de 2008

AFINAL/AO FINAL, ANTE O/ANTE AO, SUBSCREVER, EGRÉGIO

Não Tropece na Língua nº 093 - 2ª Edição

André Alexandre Hapcke e Guilherme Casali, ambos de Florianópolis/SC, solicitam esclarecimentos a respeito de expressão muito utilizada em sentenças e acórdãos: A FINAL ou AO FINAL. Exemplifica André: “Requer, ao final / a final, a condenação do réu”.

Ambas corretas. Note-se, porém, que a locução escrita com a preposição “a” é antiga. Essa grafia já não aparece em dicionários atuais, tendo sido substituída por AFINAL ou AO FINAL, locução adverbial que significa “na última parte, no fim, na conclusão /desenlace /remate, ao termo /término”.

O advérbio afinal (ou afinal de contas) , além de significado semelhante – por fim, finalmente, enfim, em conclusão, em resumo - apresenta algumas nuances de interpretação, podendo expressar indignação, contrariedade, surpresa/espanto, melancolia, resignação, ou algo como “pensando bem”. Exemplos:

Afinal, o que fazer da vida depois da tragédia?

"Benvindo" ou "bem-vindo"?

"Bem-vindo a São Paulo", "Seja bem-vindo a Guaratinguetá". Quando se chega a uma cidade, é comum vermos placas desse tipo. Mas há também aquelas que, em vez de "bem-vindo", trazem "benvindo". Perguntamo-nos então se uma forma vale pela outra, se é indiferente usar uma e outra. Vejamos uma letra do grupo Engenheiros do Havaí, chamada "Simples de coração":

(...)
antes que eu saia
pela tangente
no giro do carrossel
falta uma volta (ponteiros parados):
tudo dança em torno de ti
volta voando... fim da viagem:
bem-vinda à vida real.

A letra dá uma dica: "...fim da viagem: bem-vinda à vida real...". "Bem-vinda" é o feminino de "bem-vindo" e grafa-se com hífen também.

sábado, 2 de fevereiro de 2008

Partículas de realce

Vou-me embora pra Pasárgada
lá sou amigo do rei...

Todo mundo conhece esses versos de Manuel Bandeira, não é? Será que o pronome "me", de "Vou-me...", pode ser retirado da frase? Vejamos:

Vou embora pra Pasárgada.

Essa frase está perfeitamente correta. na primeira versão, o pronome tem a função de realce, de reforço de uma idéia. Esse tipo de palavra, que se acrescenta a uma frase para dar ênfase, chama-se "partícula expletiva". Ela tem outras denominações: "expressão de realce", "palavra de realce", "palavra expletiva", "expressão expletiva" ou ainda "partícula de realce".

"No telefone" ou "ao telefone"?

"Estar no telefone" ou "estar ao telefone": qual a forma correta? Na verdade, não há consenso em relação a isso.

Por surpreendente que possa ser, um gramático tido como conservador, Napoleão Mendes de Almeida, defende a tese de que o correto é "estar no telefone", exatamente a forma consagrada no dia-a-dia no Brasil. Argumenta ele que seria galicismo, francesismo, dizer "ao telefone".

Napoleão, de certa forma, é uma voz mais ou menos isolada. A maioria dos autores afirma que a preposição exigida é a preposição "a", pois esta indica proximidade. É o que ocorre em exemplos como os seguintes:

"E" com valor de "mas"

Há alguns anos a cantora Rita Lee gravou uma música de grande sucesso, "Saúde", em que se dizia a certa altura: "Como vai? Tudo bem. Apesar, contudo, todavia, mas, porém..."
Com exceção da palavra "apesar", temos aí uma lista de advérbios adversativos:

contudo - todavia - mas - porém - entretanto

Na vida escolar acabamos memorizando pequenas listas como essa. E memorizamos também que a palavra "e" é uma conjunção aditiva, transmitindo a idéia de soma. "Aditiva" vem de "adição"; ambas são palavras cognatas.

Mas será que o "e" é sempre usado estritamente para somar? Veja este trecho da letra de "Te ver", canção gravada pelo grupo mineiro Skank:

Te ver e não te querer
é improvável, é impossível

"A sós" e "só"

Qual a forma correta?

"Ela quer ficar a só"
ou
"Ela quer ficar a sós"?

O programa foi às ruas saber a opinião de algumas pessoas. De sete entrevistados, três erraram e quatro utilizaram a forma correta:

Ela quer ficar a sós.

Quando utilizamos a preposição "a", a expressão é fixa, invariável, nunca se flexiona:

Eu quero ficar a sós.
Ela quer ficar a sós.
Nós queremos ficar a sós.
Elas querem ficar a sós.

"À medida que" ou "à medida em que"?

Diz-se "à medida que" ou "à medida em que"?

Aqui, não se trata do "a" sem acento, como na frase "A medida que ele tomou é drástica". Não é esse o caso. O que estamos discutindo é a locução conjuntiva "à medida que", a qual alguns preferem, erroneamente, substituir por "a medida em que". A forma correta é "à medida que".

Apenas um lembrete: "locução conjuntiva" é todo grupo de palavras que relaciona duas ou mais orações ou dois ou mais termos de natureza semelhante.

À proporção que chovia...

"À medida que" significa o mesmo que "à proporção que".

À medida que o mês corre, o bolso esvazia.

Trata-se de uma locução conjuntiva com valor de proporção, introduzindo orações subordinadas adverbiais de proporção.

Há ainda a locução "na medida em que", que vem sendo usada na imprensa e em muitos textos com valor causal.

O governo não conseguiu resolver o problema
na medida em que não enfrentou suas verdadeiras causas.

Ou seja,

O governo não conseguiu resolver o problema
porque não enfrentou suas verdadeiras causas.

Alguns condenam o uso de "na medida em que" argumentando que não há registro histórico dessa forma na língua. Mas o fato é que essa construção já se tornou rotina, mesmo entre excelentes escritores.

O que não é aceitável sob hipótese alguma é escrever "à medida em que".


fonte: site tv cultura

"VIGIR" OU "VIGER": SIGNIFICADO, DIFERENÇAS, EXEMPLOS

Quando uma lei entrará em vigência, ela vai "vigir" ou "viger"? A forma correta é "viger", não "vigir", pois esta não é encontrada em nossos dicionários. Então, a lei irá viger, vigorar,
Quando uma lei entrará em vigência, ela vai "vigir" ou "viger"?
A forma correta é "viger", não "vigir", pois esta não é encontrada em nossos dicionários.
Então, a lei irá viger, vigorar, entrará em vigor, estará em vigência.
E aproveitando: Quando a tal lei entrar em vigor, ela... 

"Subdelegado" ou "sub-delegado"?

A palavra "subdelegado" tem ou não hífen?

O prefixo "sub-" só exige hífen quando a palavra seguinte, ou seja, seu radical, começar com "b" ou "r". Exemplos:

sub-base, sub-bibliotecário
sub-raça, sub-reptício, sub-reitor...

Assim, "subdelegado" não tem hífen porque a palavra "delegado" não começa com nenhuma das duas letras: "b" ou "r".

Para a maioria esmagadora dos prefixos, vale o hífen se o radical da palavra seguinte começar com "h", "r", "s" e vogal.

Prefixos:

auto extra
intra semi
contra infra
pseudo ultra

Exemplos:

auto-serviço, contra-regra,
pseudo-autor, semi-árido,
extra-oficialmente, infra-estrutura,
ultra-humano...

Segundo essa regra, não é possível escrever com hífen as palavras "autoconfiança", "contracapa", "extraconjugal", "infravermelho" etc. Nenhuma delas tem seus radicais iniciados por "h", "r", "s" ou vogal.

Existem alguns prefixos que se enquadram numa terceira regra. O "Nossa Língua Portuguesa" perguntou ao povo nas ruas: "Como você escreve antiinflamatório e antiinflacionário?". A maior parte das pessoas infelizmente errou, embora certamente use essas palavras no dia-a-dia.

Os prefixos "anti-", "ante-" e "sobre-" exigem hífen quando o radical começa com "h", "r" e "s". Não é o caso das palavras sugeridas ao público, pois antiinflamatório e antiinflacionário começam com vogal.

fonte: site tv cultura

"EMBAIXO" OU "EM BAIXO"?

inexorável, meio dia e meio, em meados de, rubrica

Nosso sistema ortográfico possui algumas incoerências. Uma delas é o caso de "embaixo". Juntamos ou separamos essa palavra? 

     Vejamos a letra da música "Eu vou estar", do grupo Capital Inicial.

(...)

Nos seus livros
nos seus discos
vou entrar na sua roupa
e onde você menos esperar
embaixo da cama
nos carros passando
no verde da grama
na chuva chegando
eu vou voltar...

"Salário-mínimo" / "à-toa"

Você está com uma pressa danada e quer saber se "salário mínimo" é grafado com hífen ou sem ele. Numa consulta ao dicionário, você rapidamente vê "salário-mínimo" com hífen e se dá por satisfeito: vai usar a expressão com o hífen.

Cuidado! Numa consulta mais atenta, você verá que "salário-mínimo", com hífen, tem um significado diferente do que você está imaginando. A expressão não significa o valor mínimo que o trabalhador brasileiro deve receber como salário. Nesse caso, devemos grafar sem o hífen: "salário mínimo".

"Salário-mínimo" é uma expressão popular que possui outro sentido:

Esse time é salário-mínimo

Isto é, trata-se de um time muito fraco, que não vale nada.

Quando queremos nos referir à remuneração mínima dos assalariados, utilizamos as palavras "salário" e "mínimo" no sentido básico delas, o que não acontece na expressão com hífen, que é usada para qualificar alguma coisa.

E "à toa", é com hífen ou sem hífen? "À toa" ou "à-toa"? Vejamos o trecho da letra de "Tão seu", canção gravada pelo grupo mineiro Skank:

...Não diga que não vem me ver:
de noite eu quero descansar,
ir ao cinema com você,
um filme à-toa no Pathé...
Não diga que você não volta:
eu não vou conseguir dormir,
à noite eu quero descansar,
sair à toa por aí.

A expressão aparece grafada das duas formas, com hífen e sem hífen, e com sentidos completamente diferentes.

filme à-toa = filme qualquer

Neste caso, "à-toa", que se escreve com hífen e acento indicador de crase no "a", funciona como uma expressão de valor adjetivo. No segundo caso, sem hífen, a expressão adquire outro significado:

sair à toa = sair sem rumo, sair a esmo

De todo modo, quando for ao dicionário tirar a dúvida sobre o uso do hífen em determinadas palavras, esteja atento. Muitos termos aparecem sob as duas formas e com significados distintos para uma e outra.

fonte: site tv cultura

"DIA-A-DIA" OU "DIA A DIA"? SIGNIFICADO, DIFERENÇAS, ACORDO ORTOGRÁFICO

Até o Acordo Ortográfico de 1990, a expressão, sinônimo de cotidiano, rotina - substantivada, ou seja, aparece na frase como substantivo -, grafava-se com hífen.
Quando se queria dizer "diariamente", "todo dia", como se trata de advérbio, usava-se hífen: dia a dia, como na canção "Pacato cidadão", gravada pelo Skank:
Pacato cidadão, te chamei a atenção
não foi à toa, não
C’est fini la utopia mas a guerra todo dia
dia a dia, não
Tracei a vida inteira planos tão incríveis
Tramo a luz do sol
Apoiado em poesia e em tecnologia
Agora a luz do sol
Nesse caso, o hífen está dispensado.
O tempo passou, o Acordo Ortográfico está em

domingo, 9 de dezembro de 2007

Bem vindo, benvindo ou bem-vindo?

Vamos aprender a empregar corretamente a Língua Portuguesa.
Observe as expressões:

1. Bem vindo à Nioaque.
2. Bem vindo a Nioaque.

Encontramos aqui dois graves erros da Língua Portuguesa:


1° - O emprego da palavra "BEM VINDO".
Bem-vindo: (grafado com hífen) é um adjetivo composto;
ato de dar boas-vindas.
Benvindo: (sem hífen, junto e com "n") é um substantivo próprio.
Ex.: O Senhor Benvindo chegou.

sábado, 1 de dezembro de 2007

LEMBRETES GRAMATICAIS - CASOS PRÁTICOS DE CONCORDÂNCIA NOMINAL – AMBOS, ANEXO, APENSO, DONDE, AONDE, RETIFICAR...

1. Ambos
Forma dual que é, a idéia de dois já se acha embutida na palavra. Há de se evitar, pois, ambos os dois e ambas as duas, a menos que a ênfase as justifique. No Direito, v.g, há a expressão “ambos os dois”, conservando o sentido antigo de reforço da idéia para traduzir a unidade de propósito, v.g., na denúncia.
Segundo Motta (s.d.:156),na época de Camões eram comuns as expressões “ambos os dous” e “ambos de dous”.

2. Anexo
Trata-se de forma de particípio passado de anexar (anexado e anexo) que se...

sábado, 27 de outubro de 2007

"HÁ DEZ ANOS ATRÁS" OU "HÁ DEZ ANOS": MAIS UM CASO DE REDUNDÂNCIA

Você escreve tudo certo e não se confunde com o verbo haver ("há dez anos" ou "a dez anos"), porque sabe que nas expressões temporais o verbo haver é impessoal, com a acepção de ter o tempo passado, decorrido.
Mas fica em dúvida:... (clique em "mais informações" para ler mais)

domingo, 21 de outubro de 2007

VOZES VERBAIS - VOZES DO VERBO

Voz verbal é a flexão do verbo que indica se o sujeito pratica, ou recebe, ou pratica e recebe a ação verbal.

01) Voz Ativa: quando o sujeito é agente, ou seja, pratica a ação verbal ou participa ativamente de um fato.
Ex. As meninas exigiram a presença da diretora.
A torcida aplaudiu os jogadores.
O médico cometeu um erro terrível.

02) Voz Passiva: quando o sujeito é paciente, ou seja, sofre a ação verbal.

A) Voz Passiva Sintética:

A voz passiva sintética é formada por verbo transitivo direto, pronome se (partícula apassivadora) e sujeito paciente.

SEMÂNTICA

Em recente prova de vestibular, uma questão que sempre cai - e que, de igual forma, sempre leva os candidatos com ela - trouxe à tona mais um problema no campo da semântica.

Nela, a banca pedia para que se substituísse uma expressão destacada (... estar prestes a acontecer...) por uma das palavras nas alternativas dadas (iminente ou eminente).

Para os menos avisados, semântica é a parte da gramática que estuda o sentido e a aplicação das palavras em um contexto.

Assim sendo, a palavra manga pode ter alguns significados dependendo o contexto.

Vejamos a palavra nas orações “Me lambuzo todo chupando manga” e “Não posso sair com essa manga rasgada”.

REGÊNCIA VERBAL

A regência estuda a relação existente entre os termos de uma oração ou entre as orações de um período.

A regência verbal estuda a relação de dependência que se estabelece entre os verbos e seus complementos. Na realidade o que estudamos na regência verbal é se o verbo é transitivo direto, transitivo indireto, transitivo direto e indireto ou intransitivo e qual a preposição relacionada com ele.

Verbos Transitivos Diretos
Verbos Transitivos Indiretos
Verbos Transitivos Diretos e Indiretos
Verbos Intransitivos

VERBOS TRANSITIVOS DIRETOS
São verbos que indicam que o sujeito pratica a ação, sofrida por outro elemento, denominado objeto direto. 

PERÍODO COMPOSTO POR SUBORDINAÇÃO

Períodos compostos por subordinação são períodos que, sendo constituídos de duas ou mais orações, possuem uma oração principal e pelo menos uma oração subordinada a ela. A oração subordinada está sintaticamente vinculada à oração principal, podendo funcionar como termo essencial, integrante ou acessório da oração principal. As orações subordinadas que se conectam à oração principal através de conjunções subordinativas são chamadas orações subordinadas sindéticas. As orações que não apresentam conjunções subordinativas geralmente apresentam seus verbos nas formas nominais, sendo chamadas orações reduzidas.

I. Orações Subordinadas Substantivas:
São seis as orações subordinadas substantivas, que são iniciadas por uma conjunção subordinativa integrante (que, se)

PERÍODO COMPOSTO POR COORDENAÇÃO

Períodos compostos por coordenação são os períodos que, possuindo duas ou mais orações, apresentam orações coordenadas entre si. Cada oração coordenada possui autonomia de sentido em relação às outras, e nenhuma delas funciona como termo da outra.

As orações coordenadas, apesar de sua autonomia em relação às outras, complementam mutuamente seus sentidos. A conexão entre as orações coordenadas podem ou não ser realizadas através de conjunções coordenativas. Sendo vinculadas por conectivos ou conjunções coordenativas, as orações são coordenadas sindéticas. Não apresentando conjunções coordenativas, as orações são chamadas orações coordenadas assindéticas.

Orações Coordenadas Assindéticas

INTERJEIÇÕES

Interjeições: São vocábulos frase excluído das classes de palavras

Sentimento/Emoção
Principais interjeições

alegria
Ah! Oh!

animação, encorajamento
Avante! Coragem! Eia! Força! Vamos!

aplauso
Bem! Bis! Bravo! Viva!

FUNÇÕES DA LINGUAGEM

O emissor, ao transmitir uma mensagem, sempre tem um objetivo: informar algo, ou demonstrar seus sentimentos, ou convencer alguém a fazer algo, entre outros; conseqüentemente, a linguagem passa a ter uma função, que são as seguintes:

Função Referencial
Função Conativa
Função Emotiva
Função Metalingüística
Função Fática
Função Poética
Obs.: Em um mesmo contexto, duas ou mais funções podem ocorrer simultaneamente: uma poesia em que o autor discorra sobre o que ele sente ao escrever poesias tem as linguagens poética, emotiva e metalingüística ao mesmo tempo.

Função Referencial

FORMAÇÃO DOS TEMPOS VERBAIS

• Pretérito perfeito e seus derivados

O pretérito perfeito do indicativo é um tempo primitivo, empregado para referenciar fatos que começaram no passado e já foram concluídos. Ex.

Eu andei
Tu andaste
Ele andou
Nós andamos
Vós andastes
Eles andaram

Do pretérito perfeito derivam-se o pretérito mais-que-perfeito do indicativo, o futuro do subjuntivo e o pretérito imperfeito do subjuntivo. Tais derivados formam-se pelo tema do pretérito perfeito que é obtido conjugando esse tempo na 2ª pessoa do singular (tu) e eliminando a desinência – ste. Ex.

Tu andaste -ste anda
Tu bebeste -ste bebe
Tu partiste -ste parti

FIGURAS DE LINGUAGEM

São recursos que tornam mais expressivas as mensagens. Subdividem-se em figuras de som, figuras de construção, figuras de pensamento e figuras de palavras.

Figuras de som

a) aliteração: consiste na repetição ordenada de mesmos sons consonantais.
“Esperando, parada, pregada na pedra do porto.”

b) assonância: consiste na repetição ordenada de sons vocálicos idênticos.
“Sou um mulato nato no sentido lato
mulato democrático do litoral.”

DERIVAÇÃO

Derivação consiste em modificar uma determinada palavra primitiva por acréscimo de afixos. Assim, temos a possibilidade de fazer acréscimos criando palavras de estrutura complexa. Ex.

Pedra Pedreira Pedregulho Pedraria

A derivação é um processo produtivo da língua portuguesa, pois podemos incorporar os mesmos afixos a um número grande de palavras primitivas. Tais acréscimos, alteram o significado da palavra e muda-lhe a classe gramatical.

• Tipos de Derivação

CONCORDÂNCIA

Regra geral:

Estudar a concordância verbal é, basicamente, estudar o sujeito, pois é com este que o verbo concorda. Se o sujeito estiver no singular, o verbo também o estará; se o sujeito estiver no plural, o mesmo acontece com o verbo. Então, para saber se o verbo deve ficar no singular ou no plural, deve-se procurar o sujeito, perguntando ao verbo Que(m) é que pratica ou sofre a ação? ou Que(m) é que possui a qualidade? A resposta indicará como o verbo deverá ficar.

Por exemplo, a frase As instalações da empresa são precárias tem como sujeito “as instalações da empresa”, cujo núcleo é a palavra instalações, pois elas é que são precárias, e não a empresa; por isso o verbo fica no plural.

COMPOSIÇÃO DE PALAVRAS: PALAVRAS SIMPLES E COMPOSTAS

Composição consiste em produzir palavras compostas a partir de palavras simples. Palavras simples são aquelas em que existe um único radical como amor e perfeito. Para produzir a composição de uma palavra composta, é necessário estabelecer vínculos permanentes sobre essas palavras para que nelas haja um novo significado. Ex. amor-perfeito que é o nome de uma flor, diferentemente do significado das palavras amor perfeito que significa um sentimento amoroso.

A composição pode ser feita através de radicais que não tem vida independente na língua. São palavras que recebem o nome de compostos eruditos por serem formadas por radicais gregos e latinos.

• Tipos de Composição
1. Composição por Justaposição: Consiste em formar composto que ficam lado a lado, ou seja, justapostos. Ex.
Amor-perfeito Girassol Passatempo Guarda-roupa

2. Composição por Aglutinação: Consiste em...

COLOCAÇÃO PRONOMINAL

Próclise: é a colocação dos pronomes oblíquos átonos antes do verbo. Usa-se a próclise, quando houver palavras atrativas. São elas:

a) Palavras de sentido negativo.
- Ela nem se incomodou com meus problemas.

b) Advérbios.
- Aqui se tem sossego, para trabalhar.

c) Pronomes Indefinidos.
- Alguém me telefonou?

d) Pronomes Interrogativos.
- Que me acontecerá agora?

ARTIGO

Artigo é a palavra que precede o substantivo, servindo pala classifica-lo quanto ao gênero e ao número. O artigo pode especificar ou generalizar o substantivo classificando-o em definido ou indefinido. Atuam sempre como adjuntos adnominais dos substantivos que os precedem.

Classificação dos Artigos

Artigo Definido (o, a, os, as): especifica o substantivo que o acompanha. Ex: "Meu vizinho gosta de animais. O gato dele é lindo...”

Artigo Indefinido (um, uma, uns, umas): generaliza o substantivo que o acompanha. Ex: "Um bichinho do meu vizinho sumiu".

APOSTO E VOCATIVO

Aposto é o termo que explica, desenvolve, identifica ou resume um outro termo da oração, independente da função sintática que este exerça. Há quatro tipos de aposto:

Aposto Explicativo:

O aposto explicativo identifica ou explica o termo anterior; é separado do termo que identifica por vírgulas, dois pontos, parênteses ou travessões.

Ex. Terra Vermelha, romance de Domingos Pellegrini, conta a história da colonização de Londrina.

Oração Subordinada Adjetiva Explicativa:

ADVÉRBIO

Advérbio é a palavra invariável que modifica o sentido do verbo, acrescentando a ele determinadas circunstâncias de tempo, de modo, de intensidade, de lugar, etc. Ex.

Um lindo balão azul atravessava o céu.
Um lindo balão azul atravessava lentamente o céu.

Nesse caso, lentamente modifica o verbo atravessar, pois acrescenta uma idéia de modo. Os advérbios de intensidade têm uma característica particular, pois além de intensificar o verbo, eles podem intensificar o sentido de adjetivos e de outros advérbios. Ex.

Nosso amigo é inteligente demais.
As encomendas chegaram muito tarde.

ACENTUAÇÃO TÔNICA

A acentuação tônica investiga a intensidade com que pronunciamos as sílabas das palavras de nossa língua. Aquelas sobre as quais recai a maior intensidade são as sílabas tônicas; as demais são as sílabas átonas. De acordo com a posição da sílaba tônica, os vocábulos da língua portuguesa são classificados em:

oxítonos – são aqueles cuja sílaba tônica é a última:

coração procurar pior ruim sabiá também

paroxítonos – são aqueles cuja sílaba tônica é a penúltima:

álbum estrada desse posso retrato sabia

CRASE

A palavra crase provém do grego (krâsis) e significa mistura. Na língua portuguesa, crase é a fusão de duas vogais idênticas, mas essa denominação visa a especificar principalmente a contração ou fusão da preposição a com os artigos definidos femininos ( a, as) ou com os pronomes demonstrativos a, as, aquele, aquela, aquilo, aquiloutro, aqueloutro.

Para saber se ocorre ou não a crase, basta seguir três regras básicas:

01) Só ocorre crase diante de palavras femininas, portanto nunca use o acento grave indicativo de crase diante de palavras que não sejam femininas.

ESTRUTURA E FORMAÇÃO DAS PALAVRAS

Conceitos básicos:

Observe as seguintes palavras:
escol-a
escol-ar
escol-arização
escol-arizar
sub-escol-arização
Observando-as, percebemos que há um elemento comum a todas elas: a forma escol-. Além disso, em todas há elementos destacáveis, responsáveis por algum detalhe de significação. Compare, por exemplo, escola e escolar: partindo de escola, formou-se escolar pelo acréscimo do elemento destacável -ar.

CLASSIFICAÇÃO DAS PALAVRAS QUE E SE

A palavra que em português pode ser:

Interjeição: exprime espanto, admiração, surpresa.

Nesse caso, será acentuada e seguida de ponto de exclamação. Usa-se também a variação o quê! A palavra que não exerce função sintática quando funciona como interjeição.

Quê! Você ainda não está pronto?
O quê! Quem sumiu?

Substantivo: equivale a alguma coisa.

CONJUNÇÕES

1. Examinemos os seguintes provérbios:

O mal e o bem à face vêm.
Deseja o melhor e espera o pior.
Só dura a mentira enquanto a verdade não chega.

No primeiro, encontramos a palavra e, que está ligando dois termos de uma oração: o mal e o bem.
No segundo, vemos a mesma palavra e, que está ligando duas orações de sentido completo e independente: Deseja o melhor. Espera o pior.
No terceiro, aparece a palavra enquanto unindo duas orações que não podem ser separadas sem que fique alterado o sentido que expressam, pois a segunda depende da afirmação contida da primeira.
Os vocábulos invariáveis que servem para relacionar duas orações ou dois termos semelhantes da mesma oração chamam-se CONJUNÇÕES.

EMPREGO DO HÍFEN

Regras gerais

Não é fácil sistematizar o uso do hífen em português, já que seu uso é meramente convencional.
Como regra geral só se ligam por hífen os elementos das palavras compostas que mantêm a noção de composição, isto é, os elementos das palavras compostas que mantêm a sua independência fonética, conservando cada um a sua própria acentuação, porém formando o conjunto perfeita unidade de sentido.

É o caso de:

amor-perfeito, dedo-duro, mau-caráter, pára-raios, ponto-e-vírgula, matéria-prima

Além disso, emprega-se o hífen para:

a) separar as sílabas de uma palavra.
me-lan-ci-a, li-vro, pás-sa-ro, ca-der-no

PARA QUE SERVE A ACENTUAÇÃO?

A acentuação serve para auxiliar a representação escrita da linguagem.

Quando ouvimos, distinguimos com facilidade uma sílaba tônica de uma sílaba átona. Quando lemos, entretanto, não é tão fácil, o que pode dificultar a leitura.

Assim, os sinais de acentuação cumprem o papel de distinguir, na escrita, palavras de grafia idêntica, mas de tonicidade diferente, como secretária/secretaria, público/publico, baba/babá, mágoa/magoa.

Gramática - Brasil Escola

SUJEITO E PREDICADO

Sujeito: é o termo da oração que funciona como suporte de uma afirmação feita através do predicado.

Predicado: é o termo da oração que, através de um verbo, projeta alguma afirmação sobre o sujeito.

Exemplo:

A pequena criança
me contou a novidade com alegria no olhar.

Sujeito
Predicado

Para ajudar a localizar o sujeito há três critérios:

CLASSIFICAÇÃO DOS VERBOS QUANTO À PREDICAÇÃO

Quanto à predicação, o verbo costuma ser classificado em cinco tipos:

• Transitivo direto: aquele que vem acompanhado de um objeto sem preposição obrigatória (objeto direto ou objeto direto preposicionado)

Ex:
Meu irmão
reconquistou
sua namorada.

verbo transitivo direto
complemento sem preposição

As crianças
comeram
de seus lanches.

verbo transitivo direto
complemento com preposição não obrigatória (objeto direto preposicionado)

USO DA VÍRGULA

Estando a oração em ordem direta (seus termos se sucedem na seguinte progressão: sujeito → verbo → complementos do verbo (objetos) → adjunto adverbial), isto é, sem inversões ou intercalações, o uso da vírgula é, de modo geral, desnecessário. Assim:

1. Não se usa vírgula:
Não se usa vírgula separando termos que, do ponto de vista sintático, ligam-se diretamente entre si:

a) entre sujeito e predicado.

Todos os alunos da sala foram advertidos.
Sujeito predicado

b) entre o verbo e seus objetos.

O trabalho custou sacrifício aos realizadores.
V.T.D.I. O.D. O.I.

FORMA E GRAFIA DE ALGUMAS PALAVRAS

Mas/Mais:

Mas: conjunção adversativa, equivale a porém, contudo, entretanto:
Ex.: Tento não sofrer, mas a dor é muito forte.

Mais: pronome ou advérbio de intensidade, opõe-se a menos:
Ex.: É um dos garotos mais bonitos da escola.

Onde/Aonde:

Onde: lugar em que se está ou que se passa algum fato:
Ex: Onde você foi hoje?

Aonde: indica movimento (refere-se a verbos de movimento):
Ex: Aonde você vai?

Que/Quê

Que: pronome, conjunção, advérbio ou partícula expletiva:
Ex: Convém que o assunto seja esquecido rapidamente.

Quê: monossílabo tônico, substantivo, ou interjeição.
Ex: Você precisa de quê?

Mal/Mau

Mal: advérbio (opõe-se a bem), como substantivo indica doença, algo prejudicial:
Ex: Ele se comportou muito mal. (advérbio)
Ex: A prostituição infantil é um mal presente em todas as partes do Brasil. (substantivo)

Mau: adjetivo (ruim, de má qualidade)
Ex: Ele não é um mau sujeito.

Ao encontro de/De encontro a

Ao encontro de: significa “ser favorável a”, “aproximar-se de”.
Ex: Quando avistei minha mãe fui correndo ao encontro dela.

De encontro a: indica oposição, colisão.
Ex: Suas idéias sempre vieram de encontro às minhas. Somos mesmo diferentes.

Afim/A fim

Afim: adjetivo que indica igual, semelhante.
Ex: Temos objetivos afins.

A fim: indica finalidade:
Ex: Trabalho hoje a fim de folgar amanhã.

A par/ Ao par

A par: sentido de “bem informado”
Ex: Eu estou a par de todas as fofocas.

Ao par: indica igualdade entre valores financeiros.
Ex: O real está ao par do dólar.

Demais/De mais

Demais: advérbio de intensidade, sentido de “muito”.
Ex: Você é chato demais.
Demais também pode ser pronome indefinido, sentido de “os outros”.
Ex: Alguns professores saíram da sala enquanto os demais permaneceram atentos às orientações.

De mais: opõe-se a de menos.
Ex: Não vejo nada demais em seu comportamento.

Senão/Se não

Senão: sentido de “caso contrário”, “a não ser”.
Ex: não fazia coisa alguma senão conversar.

Se não: sentido de “caso não”.
Ex: Se não houver conscientização, haverá escassez de água.

Na medida em que/ À medida que

Na medida em que: equivale a porque, já que, uma vez que.
Ex: Na medida em que os projetos foram abandonados, os estagiários ficaram desmotivados.

À medida que: indica proporção, equivale a à proporção que.
Ex: A emoção aumentava à medida que o momento da apresentação se aproximava.

ORTOGRAFIA

Emprego do h

O h é uma letra que se mantém em algumas palavras em decorrência da etimologia ou da tradição escrito do nosso idioma. Algumas regras, quanto ao seu emprego devem ser observadas:

a) Emprega-se o h quando a etimologia ou a tradição escrita do nosso idioma assim determina.
homem, higiene, honra, hoje, herói.

b) Emprega-se o h no final de algumas interjeições.
Oh! Ah!

c) No interior dos vocábulos não se usa h, exceto:
- nos vocábulos compostos em que o segundo elemento com h se une por hífen ao primeiro.
super-homem, pré-história.

- quando ele faz parte dos dígrafos ch, lh, nh.
Passarinho, palha, chuva.

PARÔNIMOS E HOMÔNIMOS

Parônimos: são palavras que apresentam significados diferentes embora sejam parecidas na grafia ou na pronúncia.

“Estória” é a grafia antiga de “história” e essas palavras possuem significados diferentes. Quando dizemos que alguém nos contou uma estória, nos referimos a uma exposição romanceada de fatos imaginários, narrativas, contos ou fábulas; já quando dizemos que fizemos prova de história, nos referimos a dados históricos, que se baseiam em documentos ou testemunhas.

Ambas as palavras constam no Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa da Academia Brasileira de Letras. Porém, atualmente, segundo o Novo Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa, é recomendável usar a grafia “história” para denominar ambos os sentidos.

REGÊNCIA NOMINAL

Regência Nominal é o nome da relação entre um substantivo, adjetivo ou advérbio transitivo e seu respectivo complemento nominal. Essa relação é intermediada por uma preposição.

No estudo da regência nominal, deve-se levar em conta que muitos nomes seguem exatamente o mesmo regime dos verbos correspondentes.

Conhecer o regime de um verbo significa, nesses casos, conhecer o regime dos nomes cognatos.

- alheio a, de - liberal com
- ambicioso de - apto a, para
- análogo a - grato a

INTERJEIÇÃO

Interjeição é a palavra invariável que exprime emoções, sensações, estados de espírito, ou que procura agir sobre o interlocutor, levando-o a adotar certo comportamento sem que, para isso, seja necessário fazer uso de estruturas lingüísticas mais elaboradas.

• Ah! Pode exprimir prazer, deslumbramento, decepção;
• Psiu! Pode indicar que se está querendo atrair a atenção do interlocutor, ou que deseja que ele faça silêncio.

Outras interjeições e locuções interjetivas podem expressar:

PRONOME RELATIVO

Pronome relativo é uma classe de pronomes que substituem um termo da oração anterior e estabelece relação entre duas orações.
Não conhecemos o aluno. O aluno saiu.
Não conhecemos o aluno que saiu.
Como se pode perceber, o que, nessa frase está substituindo o termo aluno e está relacionando a segunda oração com a primeira.
Os pronomes relativos são os seguintes:

Variáveis
O qual, a qual
Os quais, as quais
Cujo, cuja
Cujos, cujas
Quanto, quanta
Quantos, quantas

Invariáveis
Que (quando equivale a o qual e flexões)
Quem (quando equivale a o qual e flexões)
Onde (quando equivale a no qual e flexões)

PRONOME

Pronome é classe de palavra (variável em gênero, número e pessoa) que acompanha ou representa o substantivo, serve para apontar uma das três pessoas do discurso ou situá-lo no espaço e no tempo.

O pronome pode funcionar como:

- Pronome adjetivo: quando modifica um substantivo.

Esta casa é antiga.

- Pronome substantivo: quando desempenha função de substantivo.

PRONOMES PESSOAIS

Pronomes pessoais são aqueles que designam uma das três pessoas do discurso.

Exemplo: Eu fui ao cinema de táxi. (eu = 1ª pessoa do discurso)

Os pronomes pessoais são subdivididos em:

- do caso reto: função de sujeito na oração.
Nós saímos do shopping. (nós = sujeito)

- do caso oblíquo: função de complemento na frase.
Desculpem-me. (me = objeto)

Os pronomes oblíquos subdividem-se em:

DÊ UMA CHANCE PARA SEUS SONHOS. DA CIDADE GRANDE PARA A CASA NA PRAIA, COM UM GRAAAAAANDE TERRENO.

DÊ UMA CHANCE PARA SEUS SONHOS. DA CIDADE GRANDE PARA A CASA NA PRAIA, COM UM GRAAAAAANDE TERRENO.
Ser feliz é uma opção e você é livre para viver a vida. Escolha seu sonho. Vale a pena.

MARQUINHOS, NOSSAS ROSAS ESTÃO AQUI: FICARAM LINDAS!

MARQUINHOS, NOSSAS ROSAS ESTÃO AQUI: FICARAM LINDAS!

Arquivo do blog